domingo, 5 de dezembro de 2010

uma tarde de delícias...

Fabrício é um amigo querido. Sempre divertido, inteligente, interessante, leve, agradável e presente.  Ele com o tempo, foi tomando um espaço importante na minha vida, como um amigo precioso a quem a gente recorre quando está precisando de colo. Eu atravessava uma fase de conflitos no  namoro, estava cansada, triste, meio sem brilho. Ele, percebendo isso, se manteve ao meu lado, sempre disponível e isso era um alento pra mim. Um dia,  pelo telefone,  Fabrício me fez um convite: "... que tal tomarmos sorvete? Mas, antes de responder, considere, pois, não vamos à uma sorveteria ou coisa assim. Quero cuidar de você. E tenho algo especial em mente. Terá apenas de confiar em mim..."
Talvez, se outra pessoa me fizesse um convite misterioso assim, eu não aceitaria. Mas, vindo de Fabrício, eu não podia dizer não. Na verdade, além de não ter motivos pra temê-lo, não nego também, que ele já era alguém muito especial e que de certa forma, sempre foi atraente a mim. Aceitei o convite dele, e, de certa forma, me sentia bem, por não saber exatamente o que esperar. No dia seguinte, ele me ligou do aeroporto, dizendo que havia chegado, aproveitando também pra combinar o horário de vir me buscar em casa. Passei o dia ansiosa, mas também feliz, pois, não podia fechar os olhos para o cuidado de Fabricio comigo. Por ser meu amígo há um bom tempo, e, me conhecer bem, algo me dizia que eu ia adorar o que quer que fosse que ele estivesse planejando. Às 16horas, em ponto, como havia marcado comigo, ele estava à minha porta. Coração disparado, desço para encontrá-lo, já não o via há tempos. Estava ainda tão lindo quanto antes, sempre jovial com seu jeans e camisa, com um sorriso e abraço tão calorosos, que eu poderia ter ficado ali por muito tempo, em seu peito. Depois de conversarmos um pouco, pra matarmos a saudade, enquanto ele dirigia, Fabrício me diz pra pegar uma caixinha no banco de trás do carro. Uma linda caixinha de presente, lilás. Ele se divertia me vendo admirar a caixinha, curiosa. Disse-me: "abra, o que tem nessa caixinha é pra você. É só o início. E também, o passaporte pro sorvete". Abri e me surpreendi com o que encontrei. Um lenço preto acetinado. Me perguntava  que papel aquele lenço desempenharia no que Fabricio me preparara. Ele parou o carro. Acariciando meu rosto, me deu um longo beijo e então, me disse que ficasse de costas pra ele, de olhos fechados. Assim fiz. Ele então, usando o lenço, me vendou. Me beijou novamente. Minha ansiedade aumentava, de uma forma diferente agora, não como medo, mas, como expectativa e desejo. Não era a primeira vez que ele me beijava, mas, havia algo diferente em sua atitude, o que acabou despertando em mim, sensações que eu não sabia que poderiam vir à tona em relação a ele. Desisti de tentar entender o que havia, e fiz o que Fabricio falou. Ele ligou o som do carro, pois conhece bem o efeito que a música causa em mim. E escolheu bem: ouvíamos Lisa Stansfield. Perfeito. Vez ou outra, ele me fazia um carinho ou mesmo me dava um beijinho, suponho que a cada semáforo. Chegamos. E isso eu supus, apenas porque o carro parou e ele saiu por uns 5 minutos, que pra mim, pareciam intermináveis. Quando voltou, abriu a porta do carro, me tomando pela mão, conduziu-me. Subimos alguns degraus, ele abraçando-me por trás, me guiava para que vendada eu não topeçasse. Mordiscava minha orelha e beijava meu pescoço enquanto isso. Passamos pela porta e eu senti uma atmosfera completamente envolvente. Apesar de não ver, podia sentir o calor de algumas velas aromáticas e o cheiro agradável de flores. Eu sentia tudo ao meu redor, inclusive os olhos dele sobre mim. Fabrício então, me tomou firmemente em seus braços, colocando-me contra a parede fria. Eu vendada, e já com o corpo em chamas, senti de imediato o choque de temperatura. Ele me beijava com ternura, mas, agora, com uma fome à qual eu correspondia. Segurava meus braços para cima, contra a parede, me impedindo do tocá-lo, a não ser com os lábios, quando me beijava. Eu estava tão profundamente envolvida naquele clima e por aquele homem que tão bem me conhecia, que não pude fazer outra coisa a não ser me entregar. Fabrício então, tirou-me o vestido, a lingèrie e os sapatos, me deixando completamente nua e à sua mercê. Aquele mistério todo, só aumentava ainda mais a excitação. Ainda em pé, beijou todo o meu corpo, fazendo com que ele se contraísse inúmeras vezes, arrepiado. Deitou-me na cama; senti o macio toque do cetim dos lençóis contra os meus seios. Ele agora, derramava um óleo deliciosamente perfumado sobre as minhas costas e me massageava de um jeito que me fazia ter ainda mais vontade dele. Sua mão percorria todo o meu corpo exposto habilmente. De tão bom, aquilo chegava a ser insuportável. Fabrício pegou-me pela mão, levando-me até a banheira. A temperatura perfeita da água não me impediu de sentir algumas pétalas sobre ela. Ele brincava com a água, despejando-a sobre o meu colo e meus seios, se divertindo com o caminho que era traçado. Me deu banho. Me beijava e tocava intimamente enquanto me banhava ali. Massageava meus pés, tocando-os de forma a me despertar cada vez mais. Tirou-me da banheira, me colocando sobre uma pedra fria, o que eu suponho ter sido uma mesa ou bancada. Me deixou ali, por alguns minutos e quando voltou, beijando-me, perguntou: "Quanto mesmo de rum você gosta no chocolate? Duas doses? É isso!" Eu o esperava sem acreditar naquilo. Até desse detalhe ele se lembrava? Pois fui surpreendida por uma sensação mega gelada nos seios, o que me assustou, mas, logo deu lugar a um prazer imenso, fruto da sua boca a sugar o sorvete que ele cuidadosamente espalhava sobre mim. O rum agora se misturava às fragrâncias do ambiente. Vez ou outra, ele me beijava, trazendo sorvete em sua boca. Como algo tão simples pode ser tão absurdamente gostoso assim? Eu estava maravilhada com o tudo que Fabrício me proporcionava sem dizer uma palavra. Ele parecia conhecer cada canto do meu corpo, como um especialista. Mas, antes daquela tarde, nunca havíamos ficado juntos. Como ele podia me conhecer tanto? Horas intermináveis tomando sorvete em mim,  comecei a implorar por ele, buscando com minhas mãos agarrá-lo trazendo-o pra mim. Dessa vez, Fabrício não mais se esquivou. Percebendo minha fome dele agora, permitia que eu lhe beijasse, abraçasse, mordesse, tirasse sua roupa. Então, ali mesmo, no chão agora, nós rolávamos abraçados, nossas bocas grudadas num delicioso e libidinoso beijo. Eu precisava sentí-lo. Apesar do medo de as coisas não voltarem a ser entre nós como antes, eu não conseguia pensar em outra coisa, senão, permitir que Fabrício me preenchesse por completo. Abri minhas pernas, permitindo que ele se colocasse entre elas e imediatamente sua vara rija encontrou minha fenda. Fabrício estremeu ao me penetrar, soltando um gemido que me fez enlouquecer e de vez esquecer qualquer temor. Ele me possuía agora como se isso tivesse acontecido a nossa vida toda. Alternando posições, ali mesmo no chão. Ele sobre mim, depois de lado, e então, eu sobre ele. Não havia como escolher uma que fosse melhor. Fabrício me dizia deliciosamente o que sentia a cada arremetida. Meu corpo já trêmulo, explodiu num orgasmo expresso num gemido sussurrado, mas, totalmente intenso. Ele me beijava e agora, sentado sobre a cama, me pôs em seu colo, de forma que eu controlava os movimentos dele, enquanto me possuia. Mordia minha orelha e meus lábios enquanto metia em mim, segurando minha cintura. O rítmo sincronizado agora acelerava, até que Fabrício e eu gozamos dessa vez, juntos. Sentí-lo jorrar dentro de mim daquela forma, foi ainda mais prazeroso do que gozar. Era um momento tão cúmplice, tão verdadeiro, tão íntimo, tão nosso! Ainda desfrutamos da banheira juntos por um bom tempo, trocando carícias e recomeçando tudo. Outro gozo indescritível. Com a forma que ele me tocava e metia em mim, era impossível não realmente gozar o momento. No carro, Fabrício tirou a venda dos meus olhos e então, agora, eu o olhava nos olhos. E não via nem sentia contrangimento. Apenas cúmplicidade, carinho e desejo. Não resistindo, beijei-o novamente. Agora como se eu quisesse devorá-lo. Apertando seu corpo contra o meu, como uma necessidade. Nos amamos ali, no carro. E dessa vez, fazíamos isso olhando nos olhos . Sem uma palavra, mas ouvindo cada pensamento um do outro. E então, saciados, naquele momento perfeito, fomos jantar. Conversamos sobre sua viagem, divindo mais beijos e carinhos. Quando chegamos à porta do meu prédio, ele me entregou a caixinha lilás, com o "presente". Despedimo-nos, com a certeza de que aquela não seria a última vez. Ao abrir a porta do meu apartamento, me surpreendo, com orquídeas sobre a mesa. Meu coração pára. Leio o cartão, e então de olhos fechados sorrio: "... Caríssima, como eu já esperava, você é irresistível. Te desejo demais. Te pego amanhã às 10h. PS: venha sem lingerìe. É só o início.  Beijos daquele que é SEU..." Fui depressa pra cama, tentando dormir logo, para me preparar para Fabrício no dia seguinte, imaginando o que mais aquele homem seria capaz de fazer, mas, já antevendo que ele certamente me surpreenderia...  O que aconteceu no dia seguinte? Fica para outro relato...(risos)